Nas escutas do Ministério Público no âmbito da Operação Influencer, a que a SIC teve acesso, há registos do CEO da Start Campus, Afonso Salema, a dizer que contam com o apoio do PCP. Mas a conversa não se ficou por aqui.
Diz Afonso Salema que como o PCP gostava muito deles, iriam conversar com o Comité Central para ajudar a resolver um problema com uma arquiteta, militante do partido.
Esse contacto seria estabelecido por intermédio de Diogo Lacerda Machado, o melhor amigo de Costa.
A arquiteta, cujo nome não é mencionado, é referida como uma pessoa complicada que estaria a atrasar os projetos em Sines. Na sequência desta chamada surge uma outra.
Aí entra Nuno Mascarenhas, autarca de Sines, que deu garantias de que a vereadora "deu o toque" sobre as licenças de utilização e revela um aviso deixado pela mesma vereadora: manter em segredo o facto de não existirem licenças de utilização, sob pena de a Câmara ter de avançar com uma fiscalização.
O esclarecimento do PCP
O PCP já reagiu a estas informações, esclarecendo que "os contactos que teve com a empresa Start Campus decorrem de solicitação formal de encontro por parte da mesma junto do Grupo Parlamentar e do PCP, tendo sido recebida no plano estritamente institucional como é prática normal”.
Quanto ao amigo de António Costa, Diogo Lacerda Machado, “não se conhece participação junto do PCP”, lê-se no esclarecimento enviado à SIC.
O PCP vai mais longe e classifica de “fantasiosa a ideia de um alegado poder que deteria para desbloquear um processo num município em que detém 1 em 7 vereadores, dispondo o PS de maioria absoluta. Quaisquer outras ilações que se pretendam retirar são absolutamente infundadas e rejeitadas”.
[Notícia atualizada às 22:49]