Um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) mostra a gravidade da crise na habitação: mais de 60% tem dificuldade em pagar a casa e 12% acredita estar em risco de perder a habitação nos próximos cinco anos.
Se perdesse a habitação onde vivem atualmente, a maioria dos portugueses não teria condições para comprar ou arrendar casa. A alternativa seria ir morar com familiares, amigos ou desconhecidos, mas 34% admite que precisaria de apoio social para conseguir um teto.
Isto, por causa do aumento da renda ou da prestação do crédito à habitação ou até por iniciativa do senhorio.
O inquérito mostra ainda que 60% dos agregados têm dificuldade em suportar os custos mensais com a habitação.
Em média, as famílias pagam de empréstimo ou renda 573€ por mês. Ter uma casa que consigam pagar é mesmo o principal critério que pesa na decisão de comprar ou arrendar.
Quase 30% dos inquiridos assume que os obstáculos no acesso à habitação já condicionaram decisões de vida, como mudar de cidade, sair de casa dos pais, viver sozinho ou casar.
No inquérito foram ouvidas mais de mil pessoas com uma idade média de 52 anos.