“É o meu melhor amigo”, diz António Costa sobre Diogo Lacerda Machado, que também é seu padrinho de casamento. Os dois conheceram-se na faculdade, em 1981. Agora, ambos estão a ser investigados num caso de corrupção, que culminou no pedido de demissão do primeiro-ministro.
Após recomendação do afilhado, Diogo Lacerda Machado foi assessor de Manuel Magalhães e Silva, que em 1988 foi nomeado para as funções de Secretário-adjunto para a Administração e Justiça de Macau.
Depois disso, entra no Governo de António Guterres para ser Secretário de Estado do melhor amigo. É o mais longe que Costa o consegue convencer a ir em funções governativas.
Lacerda Machado Nunca quis ser ministro. Mas ajudou muitas vezes o afilhado em dossiers complicados. Os lesados do BES e o diferendo entre Isabel dos Santos e o CaixaBank foram dois deles.
Mas o que gerou mais polémica foi o da renacionalização da TAP, que deu ao Estado o controlo de 51% da companhia aérea.
A oposição criticou a informalidade com que Lacerda Machado estava no processo e António Costa foi obrigado a fazer-lhe um contrato com um vencimento mensal de 2.000 euros.