O PAN desafia o primeiro-ministro a ouvir os partidos da oposição sobre esta investigação aos negócios do hidrogénio e do lítio. Inês Sousa Real diz que o ministro das Infraestruturas já devia ter saído do Executivo há muito tempo e que António Costa deveria aproveitar "esta oportunidade para mexer de facto no Governo".
"Desde o primeiro momento que apelámos ao primeiro-ministro que fizesse uma reforma no Governo e que aproveitasse esta oportunidade daquilo que tem sido a instabilidade política que o país tem atravessado para mexer de facto no Governo que tem e para dar uma resposta ao país", começa por referir Inês Sousa Real, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.
A porta-voz do PAN faz um apelo "ao bom senso de António Costa de não manter este ativo que tem no Governo, que é João Galamba, de voltar a uma maioria dialogante e a uma maioria que dê cumprimento àquilo que são as deliberações da Assembleia da República".
Pelo menos cinco pessoas foram detidas no âmbito de um processo do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) que investiga, desde 2019, os negócios do hidrogénio e do lítio. O ministro João Galamba foi constituído arguido e o primeiro-ministro será investigado num processo autónomo, pelo Supremo Tribunal de Justiça.
O empresário Diogo Lacerda Machado - conhecido como o “melhor amigo” de António Costa -, o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, o presidente da Câmara Municipal de Sines, o socialista Nuno Mascarenhas, e dois executivos de empresas estão entre os detidos.