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Médicos e Governo retomam negociações

Há nova reunião marcada para esta tarde, para tentar resolver o impasse em relação aos aumentos salariais. O ministro da Saúde acredita que desta vez haverá um entendimento com os sindicatos.

Isabel Osório

Repetem-se há mais de um ano, sem acordo as reunião entre sindicatos e ministério da saúde. Mês após mês somam-se as dificuldades nas urgências dos hospitais, e nos centros de saúde.

A reunião deste sábado volta a colocar em cima da mesa a proposta mais controversa. O aumento salarial de 30% exigido pelos sindicatos. A redução das 40 para as 35 horas semanais, sendo 12 dedicadas à urgência, é proposta de maior convergência. Um ponto positivo que alimenta o otimismo do ministro

Para pressionar o ministro, recusar fazer horas extraordinárias tem sido a arma utilizada pelos médicos. Ressentem-se, assim os serviços hospitalares

É o caso do São Francisco Xavier e do Egas Moniz em Lisboa onde todos os médicos independentemente da especialidade podem agora ser chamados a fazer a urgência interna.

Num comunicado a que a SIC teve acesso o Conseho de Administração do Centro Hospitalar justifica a decisão com:

“(...)a necessidade imperiosa de garantir assistência atempada e adequada aos doentes internados" e o funcionamento da urgência.

Como garantia o hospital afirma que:

“Os médicos escalados para a urgência interna (...) em particular os internos, terão nesse período, se necessário, todo o suporte clínico pela Equipa de Emergência Médica.”

Mais de 30 hospitais no pais estão com constrangimentos nos serviços devido dificuldade em organizar escalas médicas Os profissionais de saude recusam-se a fazer mais do que as 150 horas extraordinárias anuais obrigatórias por lei

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