O conselho de administração do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental determinou esta sexta-feira que a escala de urgência interna passe a ser composta por médicos de todas as especialidades. Esta decisão pretende assegurar o funcionamento das urgências numa altura em que vários médicos têm recusado prestar trabalho suplementar, para além do limite legal.
O conselho de administração do Centro Hospital que abrange Egas Moniz, Santa Cruz e São Francisco de Xavier enviou uma circular informativa em que estabelece a necessidade de chamar aos serviços de urgência interna os médicos de todas as especialidades.
Justifica a decisão com “a necessidade imperiosa de garantir assistência atempada e adequada aos doentes”.
Desta forma, "os diretores dos serviços têm de diligenciar no sentido de cumprimento desta deliberação, através da melhor gestão de recursos disponíveis".
Isto implica que, para os pacientes internados numa dada especialidade, poderão ser atendidos por um médico de outra especialidade que esteja em serviço.
Este comunicado vem após uma recusa dos médicos a prestarem serviço suplementar, para além das 150 horas obrigatórias previstas na lei.
A deliberação da administração é justificada, também, pela mesma tendo em conta que a aprovação da constituição das equipas médicas de urgência compete à mesma e que os profissionais do Centro Hospitalar em questão encontram-se obrigados ao cumprimento das tais 150 horas.
Por fim, a administração garante que os médicos escalados para urgência interna no Hospital São Francisco de Xavier e o Egas Moniz terão nesse período, se necessário, todo o suporte clínico pela Equipa de Emergência Interna.