País

Médicos conseguem acordo para redução do tempo de trabalho, negociações prosseguem

Dia três de novembro ambas as partes voltam a reunir para tentar chegar a acordo, estando Manuel Pizarro “francamente otimista que [as negociações] terminarão na sexta-feira”.

ANTÓNIO COTRIM

SIC Notícias

No final da reunião agendada para esta terça-feira, em conferência no ministério da Saúde, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, afirmou que “hoje foram dados passos muito importantes que nos aproximam de um acordo”, ficando ambas as partes “com posições muito próximas”.

“É verdade que isso também já foi a minha reflexão no domingo, mas estou francamente otimista que termina na sexta-feira”, afirmou o ministro.

Segundo Manuel Pizarro, “um acordo tem três pressupostos”, sendo o preenchimento destes três pontos o objetivo primordial do Governo.

“Primeiro, tem de melhorar o acesso dos portugueses à saúde; segundo, tem de ajudar à reorganização do SNS (o SNS tem de ser atualizar para os nossos dias); terceiro, tem de valorizar a vida profissional de quem trabalha no SNS, neste caso os médicos”, afirmou o ministro da Saúde.

“O acordo também não pode deixar de ter em conta o equilíbrio do conjunto dos profissionais do SNS e dos profissionais do setor público. Nós temos de ter balizas muito claras, que sem deixarem de reconhecer o papel dos médicos e de compensar os médicos, não introduzam novos fatores de desequilíbrio”, acrescentou.

Aumentos salariais e redução do horário de trabalho

Quando questionado sobre se é possível uma aproximação aos 30% de aumento salarial pedidos pelos sindicatos, Manuel Pizarro diz “Acho que há várias formulações que nos colocam muito próximos disso”.

“O que está aqui em discussão quando falamos dos 30% é o valor hora do salário. Ora isso significa que temos de ter em conta o aumento do salário e a redução do horário de trabalho, que evidentemente influencia muito esse valor. O simples efeito da modificação do horário de trabalho de 40 para 35 horas semanais percorre metade desse esforço”, explica

Para o ministro, um dos pontos essenciais nesse acordo reside no equilíbrio de modo a não reduzir a capacidade do SNS.

“Evidentemente que essa modificação também não será em todos os casos uma modificação automática. Não pode haver nenhum acordo com os médicos que reduza a capacidade do SNS de assistir os portugueses”, afirma.

Dia três de novembro ambas as partes voltam a reunir para tentar chegar a acordo, estando Manuel Pizarro “francamente otimista que [as negociações] terminarão na sexta-feira”.

Últimas