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Armando Pereira já entregou caução de 10 milhões para ficar em liberdade

A maior caução alguma vez exigida pela justiça portuguesa. A SIC sabe que o dinheiro teve de ser transferido do estrangeiro para Portugal antes de ser entregue à justiça.

ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Diogo Torres

O cofundador da Altice, Armando Pereira, já pagou a caução de 10 milhões de euros para deixa de estar em prisão domiciliária, no âmbito da Operação Picoas. É a maior caução alguma vez exigida pela justiça portuguesa.

A SIC sabe que o dinheiro teve de ser transferido do estrangeiro para Portugal antes de ser entregue à justiça. A caução foi prestada numa conta da Caixa Geral de Depósitos.

Na semana passada, o tribunal decidiu que Armando Pereira continua proibido de contactar outros arguidos do processo e colaboradores ligados às empresas do empresário Hernâni Vaz Antunes. Ainda assim, passa a poder viajar para fora do país, se tiver autorização prévia do tribunal.

No âmbito da Operação Picoas, Armando Pereira está indiciado pelo Ministério Público de 11 crimes, entre os quais seis de corrupção ativa e um de corrupção passiva no setor privado, além de quatro de branqueamento de capitais e crimes não quantificados de falsificação de documentos no processo 'Operação Picoas'.

Neste processo está em causa uma "viciação decisória do grupo Altice em sede de contratação, com práticas lesivas das próprias empresas daquele grupo e da concorrência" que apontam para corrupção privada na forma ativa e passiva e para crimes de fraude fiscal e branqueamento.

Os investigadores suspeitam que, a nível fiscal, o Estado terá sido defraudado numa verba superior a 100 milhões de euros.

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