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O que disse Ivo Lucas no 1.º dia do julgamento da morte de Sara Carreira

Começou esta terça-feira o julgamento do caso da morte de Sara Carreira, num acidente na A1 há cerca de três anos. Há quatro arguidos no banco dos réus, incluindo o à data namorado e cantor Ivo Lucas, e a fadista Cristina Branco. Mas, em tribunal, ouviram-se versões contraditórias.

João Maldonado

SIC Notícias

Há quatro arguidos e três estão acusados do crime de homicídio por negligência, no caso da morte de Sara Carreira, que começou a ser julgado esta terça-feira. O pai e a mãe estiveram presentes, tal como em todas as sessões desde que o processo chegou ao Tribunal de Santarém.

"Estou cá para ouvir", disse Tony Carreira. Os pais são assistentes no processo e tiveram de ouvir a versão dos quatro arguidos do que aconteceu no final da tarde de 5 de dezembro de 2020. Todos quiseram falar perante a juíza do processo.

"Eu peço-vos alguma honestidade sobre isto. Já vi coisas escritas que não são verdade, que nunca disse, que nunca pensei sequer. Isto é muito duro", afirmou Tony Carreira.

Sara alertou para obstáculo

Ivo Lucas, o condutor do carro onde seguia Sara Carreira, diz que os dois vinham do Porto para Lisboa, depois de terem tratado de assuntos pessoais e profissionais. Conta que o dia tinha sido de chuva.

"Não sei precisar a velocidade. Nós não tínhamos pressa em chegar. Iamos a fazer a viagem tranquilos", diz Ivo Lucas.

O cantor garante que os dois usavam o cinto de segurança. Mas a determinada altura, depois de terem parado numa estação de serviço, Sara avisa para um obstáculo na estrada.

“Eu disse-lhe: tenho muita sorte em ter-te na minha vida. E ela diz-me: e eu a ti. Neste momento a Sara grita “cuidado!”
Deparo-me com um vulto. A única memória que tenho é estar no meio da auto-estrada com o braço partido e sem saber da Sara"

Emocionado, Ivo Lucas assegura que foi tudo rápido e que não se conseguiu desviar do carro de Cristina Branco, que já estava parado na estrada.

"É tudo muito rápido, todas as memórias que tenho são flashes. Senti muita pressão na cabeça. Não sei explicar, é uma sensação de montanha russa".

Paulo Neves admite álcool no sangue

O Ministério Público acredita que a sucessão de acidentes terá começado porque Paulo Neves seguia a uma velocidade abaixo do permitido para uma autoestrada. Paulo Neves nega a baixa velocidade, mas reconhece que seguia com álcool no sangue.

Foi neste carro que Cristina Branco embateu. Paulo diz que não conseguiu tirar o carro da estrada depois do acidente, porque ficou imobilizado.

Assegura ter visto outros carros a desviarem-se do acidente, até que surgiu o carro de Ivo Lucas e Sara Carreira que embateu e capotou várias vezes na A1.

O que fica por esclarecer?

O repórter João Maldonado, que esteve esta manhã no Tribunal de Santarém, falou sobre as versões contraditórias dos quatro arguidos no caso da morte de Sara Carreira.

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