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Ex-trabalhadores (muitos no desemprego) assistem ao início da demolição da refinaria de Matosinhos

23 de outubro de 2023, o adeus definitivo à refinaria. A antiga refinaria da Galp, em Matosinhos, começou esta segunda-feira a ser demolida.

Márcia Silva Gonçalves

José Vaio

Vítor Moreira

A antiga refinaria da Galp, em Matosinhos, começou esta segunda-feira a ser demolida. No entanto, alguns antigos trabalhadores não se conformam e, por isso, concentraram-se junto à obra.

23 de outubro de 2023, o adeus definitivo à refinaria. O dia 0 de um longo caminho até ao desmantelamento total do complexo.

Só la para 2026 é que tudo estará demolido. As operações vão começar pelos tanques onde era armazenado crude.

Enquanto a operação ainda não é muito visível, do outro lado, na entrada principal, os ex-trabalhadores concentram-se. São muitos os que continuam no desemprego, quase três anos depois do despedimento coletivo.

"Estou no fundo de desemprego, acaba no dia 15 de dezembro. A perspetiva é muito má. Já tenho 55 anos. Onde quer que vá bater à porta dizem que tenho grande experiência, mas já sou velho. Sou velho para trabalhar, sou muito novo para ir para a reforma", afirma José Guedes, ex-trabalhador da Petrogal.

O encerramento da refinaria continua a causar revolta. Fechou em abril de 2021, quando foi encerrada toda a operação que está agora concentrada na refinaria de Sines.

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