A enguia fantasma, nunca antes vista por estas águas no Atlântico, foi filmada por um biólogo junto a Porto Covo. Mas podem existir mais e há que começar agora uma campanha de monitorização, até porque pode ser uma espécie invasora.
A espécie é comum no Oceano Pacífico e no Indico e vive até aos nove metros de profundidade, na chamada zona entre marés.
Quando uma espécie surge fora do seu habitat natural, levanta-se sempre algumas preocupações
“Pode ser invasora. O grande problema é que ela aqui provavelmente não tem predadores conhecidos. Daí, talvez, ela ser tão grande”, diz Sónia Seixas, professora e investigadora.
Porque o nome “enguia fantasma”?
“Ela é muito fina. Depois encaracola-se e desaparece. Ela vive junto às rochas, onde se alimenta, e enterra-se na areia, e como é da mesma cor, não é possível vê-la”.
Há duas aparentes explicações para o aparecimento desta espécie no Atlântico: pode ter vindo em aquário ou em ovos nas águas de balastro dos navios.
Pode, assim, não ser um exemplar único. A descoberta já foi publicada numa revista cientifica.
Abrindo-se esta janela, torna-se importante lançar uma campanha de monitorização para averiguar se há mais enguias fantasma por esta águas e se outras espécies desconhecidas poderão estar junto ao porto internacional de Sines.