Quase um quinto dos médicos de família já assinaram a carta que será dirigida ao ministro Manuel Pizarro. Uma forma de luta contra as propostas que o Governo aprovou em setembro.
Liliana Marto é médica de família há 13 anos. Reforça, também ela, que a iniciativa do protesto não partiu de sindicatos, nem de associações. São centenas de passos individuais que refletem uma insatisfação comum.
Descontentes, os médicos de família recusam-se a aceitar a dedicação plena da forma como o Governo a definiu, de forma unilateral, há umas semanas. Na busca por um entendimento, a carta há de chegar ao ministro da Saúde na próxima semana.
Esta contestação dos médicos de família soma-se ao protesto dos clínicos que recusam fazer mais do que as 150 horas extraordinárias nas urgências hospitalares.
O movimento volta a ter impacto já neste fim de semana nas urgências, por exemplo, do Hospital de Aveiro. Por falta de médicos nas escalas, fecha o serviço de urgência da Cirurgia Geral, nesta noite de sexta. E, de sábado para domingo, encerra a urgência de ginecologia e obstetrícia.