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Juíza do processo EDP foi casada com administrador de empresas do grupo de Salgado

Uma das juízas que estão a julgar Manuel Pinho e Ricardo Salgado no processo EDP já foi casada com um administrador de duas sociedades ligadas ao Grupo Espírito Santo.

Diogo Torres

Conselho Superior da Magistratura diz que a juíza entende que não está em causa a sua imparcialidade e garante que vai manter-se no cargo até ao fim do julgamento.

Margarida Ramos Natário já interrogou o antigo ministro da Economia e prepara-se para ouvir testemunhas ligadas ao BES.

Antigo administrador da Espirito Santo Informática e da seguradora Tranquilidade, António Rio Tinto esteve casado com a magistrada até 2014, ano em que passou a ser administrador do Novo Banco, até ter trocado Portugal pelos Emirados Árabes Unidos.

O casal está separado há uma década e tem três filhos. Apesar da ligação familiar, a juíza entendeu não pedir escusa.

À SIC, o Conselho Superior da Magistratura diz que a questão não foi levantada porque “a juíza entende que não existe qualquer impedimento. Vai cumprir as funções de juíza adjunta até ao final do julgamento".

A defesa de Manuel Pinho disse, à SIC, que desconhecia e que vai refletir sobre o assunto antes de tomar uma posição. O advogado da mulher do antigo ministro da Economia diz que vai reunir toda a informação para concluir se está ou não causa a imparcialidade.

Ao que a SIC apurou, uma das testemunhas chamadas a tribunal pelo Ministério Público foi o Presidente da Espírito Santo Informática quando o ex-marido da juíza era vogal na mesma empresa.


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