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"Está a haver um massacre": manifestantes pró-Palestina protestam no Porto

"Enquanto os nossos representantes políticos têm bandeiras de Israel, iluminam fachadas de azul, são banidas manifestações pró-Palestina por toda a Europa e o genocídio continua por condenar", lamentou uma ativista.

JOSÉ COELHO

Lusa

Cerca de uma centena de manifestantes com lenços tradicionais da Palestina concentraram-se este sábado em frente à antiga Cadeia da Relação, no Porto, pela libertação da Palestina com bandeiras do país e cartazes a dizer Palestina Free.

Com música palestiniana a ecoar de colunas, gritos de "Free Palestine" e cartazes onde se lia "Palestina Free" ou "End The Siege on Gaza", Ana Paula Cruz, do Coletivo pela Libertação da Palestina (CLP), disse à Lusa que a manifestação serve para demonstrar a "opressão colonial do Estado de Israel" e também para relembrar que neste momento está a haver um "massacre na tentativa de limpeza étnica a acontecer em Gaza".

"Enquanto os nossos representantes políticos têm bandeiras de Israel, iluminam fachadas de azul, são banidas manifestações pró-Palestina por toda a Europa e o genocídio continua por condenar", lamentou a ativista Ana Paula Cruz.

A ativista afirma que o Coletivo pela Libertação da Palestina (CLP) -- movimento criado em maio e que conta com várias dezenas de associados, entre eles alguns palestinianos a viver em Portugal -- para mostrar a sua solidariedade com o povo palestiniano, e para "exprimir a sua revolta" num espaço público onde tornam pública essa revolta.

Ana Paula Cruz critica os representantes políticos da União Europeia por estarem a apoiar "muito mal este conflito" e por não estarem a "condenar o genocídio a acontecer neste momento em Gaza e na Cisjordânia".

"É necessário parar de apoiar um Estado colonial que é o Estado Israelita. Diferentes líderes europeus têm publicamente vindo mostrar a sua solidariedade com o povo Israelita e prestar as suas condolências às vítimas do lado Israel e dizer e relembrar que estão com Israel e que defendem o direito de Israel a se defender a não à palavras em relação às vítimas palestinianas", declara a ativista.

"Não há uma palavra dita sobre o direito das pessoas palestinianas a resistir e o direito que elas têm ser vítimas do genocídio", disse, reiterando que está a acontecer neste momento "uma limpeza étnica".

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