Luís Montenegro considerou esta terça-feira que o Orçamento do Estado para 2024 é "pipi, bem apresentadinho e muito betinho que parece que faz, mas não faz" porque tem "impostos máximos e serviços mínimos".
"É assim uma espécie, mais uma vez, de um orçamento pipi, de um orçamento que aparece bem vestidinho, muito apresentadinho, mas que é só aparência, é assim muito betinho, parece que faz, mas não faz, apresenta objetivos, apresenta ideias, mas depois não concretiza nada", afirmou o líder do PSD, na intervenção de abertura do Conselho Nacional social-democrata, que decorre na Maia, no distrito do Porto.
Num discurso de cerca de meia hora, Montenegro acrescentou que o Orçamento de Estado é "um fato que o doutor António Costa com aquele sorriso de sempre apresenta todos os anos".
“Primeiro com o doutor Centeno, agora com o doutor Medina, mas sempre com a mesma carga, sempre com a mesma incapacidade de suprir aquela que é a realidade que é cobrar, cobrar e cobrar impostos e desinvestir, desinvetir, desinvestir”, acrescentou.
Dizendo que não esperava "grande novidade" do documento, Montenegro considerou que mesmo as "maiores piruetas que se possam dar na política pública já não são suficientes para quebrar aquela que tem sido a nota dominante do Governo do PS" que passa por impostos máximos e serviços mínimos.
"Eu bem sei que este dia [de entrega do OE] é sempre um dia muito singular, aparece sempre assim um documento muito bem ilustrado, o PS é ótimo a fazer `powerpoint´, eu diria mesmo imbatível", referiu.
Segundo o presidente do PSD, o orçamento "é um embrulho e uma demagogia" que, durante semanas, anda a ser "embelezado com fugas seletivas de informação para os jornais".
Reafirmando que o documento é uma "pura brincadeira, pura demagogia e puro oportunismo político", Montenegro assumiu não haver nenhuma razão para os portugueses confiarem num Governo que não fez nada em oito anos daquilo que promete fazer agora em 2024.
"Alguém acredita que este orçamento vai dar um médico de família que faz falta a mais de 1,6 milhões de portugueses? Alguém acredita que é este orçamento que vai resolver finalmente o problema da incapacidade de termos consultas atempadas e cirurgias atempadas no Serviço Nacional de Saúde?", questionou.
O Governo apresentou esta terça-feira o Orçamento do Estado para 2024 que revê em alta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, de 1,8% para 2,2%, e em baixa de 2,0% para 1,5% no próximo ano.