Um dia depois da polémica saída do porta-voz do PAN na Madeira, a líder do partido garantiu à SIC que estão reunidas as condições para garantir a estabilidade governativa da Madeira. Inês Sousa Real diz acreditar que se todas as partes cumprirem com o acordo de incidência parlamentar, não haverá qualquer sobressalto.
“Acreditamos que o PAN teve um papel muito importante seja porque deixámos de ter um governo de maioria absoluta, (…) como mais uma vez foram forças políticas democráticas como o PAN que surgiu como um tampão da extrema-direita. (…) Partidos todos para um acordo de boa-fé e acreditamos que as condições estão reunidas para tal, assim sejam cumpridos os pressupostos do acordo”, disse Inês Sousa Real à SIC em Madrid.
Recorde-se que na sequência das eleições legislativas regionais da Madeira, entre os 47 mandatos a atribuir, a coligação PSD/CDS conseguiu a maioria, com 23 deputados, o PS 11, o JPP cinco e o Chega quatro, enquanto a coligação PCP/PEV, a IL, PAN e o BE elegeram um deputado cada.
Dois dias depois era oficializado o acordo entre PSD/CDS e PAN. Quem não resistiu a este acordo foi Joaquim Sousa. O porta-voz regional do partido na Madeira decidiu demitir-se e desfiliar-se, afirmando que não confia na líder.
"Não consigo compactuar com tantas ilegalidades normativas que são cometidas pela porta-voz nacional”, disse, acusando Inês de Sousa Real de "devaneios e vinganças pessoais".