Uma semana depois do início do ano letivo, há alunos que ainda não foram colocados. É o caso de uma estudante do 7º ano, do concelho do Seixal, que não sabe quando vai ter aulas.
Para cerca de 1,3 milhões de alunos setembro seria o mês do regresso das atividades letivas do ano 2023/2024, contudo muitos não estão a ter aulas por não estarem colocados.
Ana Mira matriculou a filha na Escola Secundária João de Barros em Corroios no concelho do Seixal. Uma semana depois do início das aulas diz que a aluna do sétimo ano ainda não foi colocada.
"Dirigi-me à escola João de Barros e disseram-me que ela não tinha sido colocada, embora seja perto da área de residência, porque não tinha comprovativo da morada e então dirigi-me aqui e entreguei os comprovativos de morada e até do meu trabalho", explicou a encarregada de educação.
Ana tentou entregar os documentos em julho, mas diz terem sido recusados pela escola que a encaminhou para a DGEstE, a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares.
“Fui à DGEstE para resolver a situação e na DGEstE disseram que a escola era obrigada a aceitar os documentos”, garantiu.
“Quando me dirigi à escola novamente disseram-me que iriam aceitar, mas só com ordem do diretor da escola”, acrescentou Ana.
Afirma ainda ter ouvido da parte de um senhor da direção da escola que “por ele não entrava nem mais um aluno” e que também não "se faziam mais turmas".
A encarregada de educação revela que foi informada pela DGEstE que a filha poderia ter que esperar até outubro para ser colocada.
Convicta que “tanto a aprendizagem como a parte emocional” da filha estão a ser prejudicadas, lamenta que não lhe ofereçam uma solução.
Contactado pela SIC, o Ministério da Educação diz que a aluna já está colocada na escola pretendida, mas confirma que ainda há estudantes sem escola e garante estar a acompanhar todos os casos no sentido de dar a melhor resposta aos alunos.