Centenas de consultas e cirurgias programadas voltaram a ser canceladas nesta quinta-feira. As consultas externas dos hospitais do Alentejo e Algarve estiveram entre os serviços mais afetados pela greve de 48 horas.
A baixa afluência sugere que parte dos cancelamentos tiveram aviso prévio, mas ainda assim houve quem tivesse percorrido meio Algarve para descobrir que a tão aguardada consulta ainda não era desta.
"Perdi um dia de trabalho, a minha filha também. Fazem greve todos os dias", contesta uma utente.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) estima que adesão dos clínicos tenha aqui ultrapassado os 90%. O que não significa que tudo tenha parado.
“Já tinha a consulta marcada e arrisquei a vir. Tive sorte, devem estar muitos médicos a trabalhar neste momento”, afirma outro utente.
O SIM fala, ainda assim, de uma adesão semelhante à do primeiro dia, com especial impacto nas cirurgias programadas nos hospitais, mas também nas consultas nos centros de saúde.
93% dos médicos de família terão feito greve em toda a região. Mas, em Faro, só uma das unidades de saúde familiar fechou por completo.
Protestos rumam a Norte
A greve termina esta quinta-feira no Alentejo, no Algarve e nos Açores, mas segue para outras localidades. O protesto por aumentos salariais e maior investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS) ruma agora a Norte.
Está agendada greve regional nos dias 6 e 7 de setembro, véspera da derradeira reunião do sindicato com o Ministério da Saúde.