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Forças de segurança iniciam protesto em Faro contra baixos salários

Os protestos vão prolongar-se até segunda-feira e vão decorrer em várias zonas do país. As principais reivindicações são os baixos salários e a falta de atratividade da profissão. O ministro da Administração da Interna vai reunir-se, nos próximos dias, com as estruturas sindicais da polícia.

Horacio Villalobos

SIC Notícias

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) inicia esta quinta-feira, em Faro, várias ações de protesto para demonstrar a "insatisfação pelas políticas que não têm respondido aos problemas graves que afetam a PSP e a segurança interna".

O sindicato e os polícias querem demonstrar a insatisfação com a falta de respostas aos problemas da PSP.

As principais reivindicações são os baixos salários, pré-aposentação, falta de atratividfade da profissão e o subsistema de saúde.

Está marcada uma concentração em frente ao Comando Distrital da PSP, em Faro.

Os protestos vão prolongar-se até segunda-feira e vão decorrer em várias zonas do país.

As várias ações de luta de contestação "às políticas deste (des)governo" vão acontecer na sexta-feira em frente ao Comando Metropolitano da PSP do Porto, no sábado com um concentração no jardim Almoinha Grande, em Leiria, e termina na segunda-feira junto ao Comando Metropolitano de Lisboa.

MAI quer chegar a consenso com sindicato

O ministro da Administração da Interna vai reunir-se, esta quinta-feira, com as estruturas sindicais da polícia, numa altura em que as forças de segurança preparam ações de protesto durante a Jornada Mundial da Juventude, que decorre entre 1 e 6 de agosto, em Lisboa.

O governante sustentou, na terça-feira, que os sindicatos contam "com uma grande disponibilidade para dialogar" e lembrou que já decorreram várias reuniões de trabalho.

José Luís Carneiro reconheceu que "há um grande esforço que tem vindo a ser feito e há um longo caminho a percorrer", sublinhando que o Governo está atento "aos problemas dos polícias".

O ministro disse ainda que entre janeiro 2023 e 2026 haverá "um aumento médio das condições salariais de 20%" dos elementos das forças de segurança, considerando ser "um aumento muito expressivo para melhorar as condições de vida desses profissionais".

José Luís Carneiro quer chegar a um consenso com o sindicato e evitar constrangimentos durante a Jornada.

O ministro assegura que estão a ser feitos vários investimentos, mas que há temas que têm de ser negociados com os sindicatos.

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