O Conselho das Escolas já pediu ao Governo um reforço extraordinário de professores para o próximo ano lectivo.
Segundo o jornal Público, o órgão consultivo estará preocupado com o arranque das aulas em setembro, muito por causa do reforço de créditos horários.
Imposta devido à pandemia da covid-19, esta medida esteve em vigor nos últimos três anos e permitiu o reforço de professores nas escolas.
Agora, há a possibilidade desta medida desaparecer.
O envelhecimento da classe docente é outra preocupação, que estará em cima da mesa no encontro desta quarta-feira, em Coimbra, entre o ministro da Educação e os diretores de todas as escolas do país.
Perto de 3.400 professores reformaram-se durante o ano letivo
Perto de 3.400 professores aposentaram-se durante o ano letivo de 2022/23. A classe docente está cada vez mais envelhecida: mais de metade dos profissionais da área têm mais de 50 anos.
O Estudo de Diagnóstico de Necessidades Docentes de 2021 a 2030, publicado em 2021, já alertava para a falha no rejuvenescimento da profissão. O elevado número de professores a entrarem na reforma não coincide com o baixo número de jovens a iniciarem-se na profissão.
O documento disponibilizado pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) mostra que o número de profissionais em funções tem vindo a descer nos últimos anos, um problema que se agrava devido à “estrutura etária envelhecida" da profissão, que tem "muitos docentes próximos da idade de reforma”.