É cada vez maior o número de migrantes na região do Alentejo, sobretudo no concelho de Odemira. A maioria são trabalhadores sazonais, que vivem muitas vezes em condições precárias.
A pandemia pôs a nu as condições de vida dos trabalhadores sazonais do concelho de Odemira, desde então sob os holofotes mediáticos. As autoridades reconhecem o aumento dos casos de exploração de mão-de-obra ilegal na agricultura e apontam as cadeias de subcontratação como o principal inimigo.
A habitação condigna ainda é para muitos um problema à espera de resposta nesta região, fortemente impactada devido à seca e onde só a água - ou a falta dela - poderá ditar o futuro.
O mar de estufas estende-se por quilómetros. Da lista constam as maiores produtoras de pequenos frutos do país, desde a pandemia sob o radar das autoridades. Algumas delas chegaram a ser inspecionadas duas vezes no mesmo ano.
Em 2022 o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras realizou 71 fiscalizações em explorações agrícolas - foram identificados 1.210 migrantes; uma centena em situação de permanência irregular.