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Oposições só querem “discutir casos e casinhos”, acusa António Costa

Em tom de comício, António Costa acusou o PSD e a restante oposição de fugir a "debater os problemas de fundo do país" e fugir a "apresentar alternativas" ao PS.

HOMEM DE GOUVEIA

SIC Notícias

Lusa

O líder do PS, António Costa, acusou este domingo, no Funchal, as oposições de só quererem "discutir 'fait divers', casos e casinhos" e o PSD de dar o dito por não dito na promessa de descer o IRS.

Em tom de comício, num jantar de pré-campanha do PS-Madeira, para as eleições regionais no arquipélago, Costa acusou PSD e restante oposição de fugir a "debater os problemas de fundo do país" e fugir a "apresentar alternativas" ao PS.

"A oposição só quer discutir 'fait divers', casos e casinhos", disse o líder socialista e primeiro-ministro, afirmando que é o PS que apresenta soluções e reformas.

Numa região autónoma governada à direita, por um governo PSD/CDS-PP, António Costa criticou também os sociais-democratas por darem o "dito pelo não dito" e defenderem agora a baixa do IRS quando, há dois anos, era Rui Rio líder do partido, a opção ser a baixa do IRC, remetendo a quebra no IRS "se as contas estivessem bem", "lá para 2025 ou 2026".

"Só em 2023, o IRS a pagar pelas famílias vai baixar quase tanto como os 800 milhões que o PSD prometia baixar lá para 2025 e 2026", disse ainda.

Os sociais-democratas, insistiu, podem "dar o dito por não dito", mas "o guru" económico de Rui Rio, do "PSD mau", é o mesmo de Luís Montenegro e do "PSD bom" - o economista e líder parlamentar Miranda Sarmento.

O líder do PS e primeiro-ministro admitiu que o Governo pode "não ter conseguido fazer tudo", nem conseguido "chegar a todos", mas reclamou ter cumprido a questão da meta do IRS, apresentando números quanto ao desemprego, por exemplo.

Alterações nas ordens profissionais para dar melhores condições aos jovens

No mesmo discurso, António Costa defendeu ainda as alterações nas ordens profissionais. Disse que são necessárias para garantir o rendimento e melhores condições de vida dos jovens.

O PS iniciou este domingo as suas jornadas parlamentares, que se destinam a preparar o debate sobre o estado da nação, a 19 de julho, e as eleições regionais da Madeira em setembro ou outubro.

Além de António Costa, nas jornadas do PS, que se prolongam até terça-feira, vão estar presentes os ministros da Economia, António Costa Silva, do Trabalho e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, bem como o ex-secretário-geral da UGT Carlos Silva.

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