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António Costa foi ver jogo em Budapeste a convite do presidente da UEFA

Em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro avança que António Costa foi ver a final da Liga Europa a convite do presidente da UEFA e depois de ter “concluído atempadamente os seus compromissos oficiais em Portugal”.

RODRIGO ANTUNES

SIC Notícias

O gabinete do primeiro-ministro reagiu, esta segunda-feira, à polémica escala de António Costa em Budapeste, onde o chefe do Governo assistiu à final da Liga Europa, ao lado do Presidente húngaro, Viktor Orbán.

No comunicado, é afirmado que Costa tinha terminado os “seus compromissos oficiais em Portugal” e, por isso, fez a viagem para a Moldávia mais cedo. É ainda referido que o convite para ver o jogo foi endereçado pelo presidente da UEFA.

“Tendo concluído atempadamente os seus compromissos oficiais em Portugal, e situando-se Budapeste na rota para Chisinau, o primeiro-ministro teve oportunidade de fazer uma escala nessa cidade, correspondendo ao convite que lhe tinha sido endereçado pelo presidente da UEFA para assistir ao jogo da final da Liga Europa”, esclarece, em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro.

Por ter sido convidado pela UEFA, António Costa teve “o tratamento protocolar adequado tendo sido sentado ao lado do seu homólogo húngaro, com quem mantém naturalmente relações de trabalho”. O comunicado não explica por que razão o jogo não estava na agenda pública do primeiro-ministro.

Ao que a SIC apurou, António Costa chegou ao estádio em cima da hora, estando o jogo já a decorrer.

A SIC sabe também que a final da Liga Europa coincidiu com o aniversário de Orbán, tendo havido uma festa privada, num dos camarotes, durante o intervalo na partida. No entanto, o primeiro-ministro português não participou nessa festa, tendo apenas conversado com o Presidente húngaro durante o jogo.

Marcelo não vê "problema político específico"

Marcelo Rebelo de Sousa defende que, apesar de haver divergências com o primeiro-ministro da Hungria, o país é aliado de Portugal na União Europeia. Mas diz também que se deve perguntar a António Costa se o próprio deve explicações sobre o caso.

Por outro lado, os partidos viram pelo menos dois problemas: a utilização do Falcon da força aérea para um desvio que estava fora da agenda oficial e a proximidade com um primeiro-ministro com posições muitas vezes criticadas pelo próprio António Costa.

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