Os 13 marinheiros que se recusaram a embarcar no NRP Mondego, no passado dia 11 de março, vão conhecer, esta quinta-feira, as acusações que fazem parte dos processos disciplinares abertos pela Marinha Portuguesa.
O NRP Mondego falhou uma missão na ilha de Porto Santo devido à recusa de 13 militares em embarcar, alegando falta de segurança do navio. O objetivo da missão era acompanhar um navio da Rússia.
Esta quarta-feira, no Parlamento, a Ministra da Defesa considerou “inaceitável” o comportamento dos militares. Helena Carreiras frisou que “as ordens não são negociáveis”, a menos que sejam ilegais.
“É inaceitável o ocorrido no dia 11 de março, quando o NRP ‘Mondego’ se encontrava com uma prontidão de duas horas e em condições de segurança para navegar após a avaliação de quem tinha essas competências”, defendeu a ministra da Defesa, sublinhando que “esta conduta dos marinheiros colocou em causa a cadeia hierárquica”.
Helena Carreiras reforçou ainda, numa audição na comissão de Defesa a pedido da Iniciativa Liberal, que “as ordens não são negociáveis, só há espaço para desobedecer a ordens ilegais”.
“A disciplina militar é indispensável para assegurar a eficácia de missões mesmo quando se discorda ou em situações de elevado risco, inclusive de guerra”, rematou a governante.