Os radares em Lisboa, que foram instalados há exatamente um ano, registaram 8,2 milhões de euros em multas. Mais de metade deste valor entra diretamente para os cofres da Câmara Municipal de Lisboa.
Há exatamente um ano a autarquia de Lisboa meteu em funcionamento 41 radares que permitem o controlo de velocidade em ambos os sentidos. Espalhados pela capital, estão a custar caro aos bolsos dos portugueses.
Os radares em Lisboa registaram mais de 363 mil condutores em excesso de velocidade. São 1019 multas por dia, 42 por hora.
De junho a dezembro do ano passado, foi o radar da Avenida Lusíada que registou mais multas. Foram detetados cerca de 46 mil condutores em excesso de velocidade.
Seguiram-se os da Avenida Eusébio da Silva Ferreira e o da Avenida Padre Cruz.
Já entre janeiro e maio deste ano, a Segunda Circular lidera as multas com mais de 15 mil condutores apanhados.
Segue-se a Avenida Lusíada e a Calouste Gulbenkian.
A velocidade máxima detetada foi de 240 quilómetros/hora na Segunda Circular, uma via onde a velocidade limite é de 80 quilómetros/hora.
Estas multas renderam 8 milhões e 200 mil euros, o que representa 23 mil euros por dia. Mais de metade deste valor vai para a Câmara de Lisboa. A Autoridade Tributária fica com 2 milhões e 800 mil euros. Já a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária retém 800 mil euros.
Ao Jornal Público, a autarquia de Lisboa confirma que não está previsto reforçar a rede de radares.