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Médico de família: ministro da Saúde diz que vagas por preencher não espelham a realidade

Manuel Pizarro frisou que, apesar de apenas 300 colocados em 968 vagas, o concurso de colocação não podia ter corrido melhor e que o Governo continua a criar condições para que o SNS seja mais apelativos para os profissionais de saúde.

RODRIGO ANTUNES

Maria Madalena Freire

SIC Notícias

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, afirmou esta terça-feira que o concurso para preencher vagas de colocação de médicos foi “um sucesso” e que os números divulgados não espelham a realidade. No entanto, admite que faltam mais medidas.

Quase 70% das vagas abertas para médicos de família pelo Ministério da Saúde ficaram por preencher. Há vários anos que o Governo promete resolver o problema, mas a realidade é cada vez pior: um milhão e 700 mil pessoas não tem médico de família.

Porém, o ministro da Saúde, discorda com esta leitura dos números e revela o porquê do concurso ter sido bem sucedido.

“Se nos criámos 978 vagas e sabemos que só há 300 candidatos, evidentemente parte das vagas não podem ser ocupadas. O que fizemos? Conseguimos recrutar mais de 90% dos candidatos e ainda conseguimos ir fora do sistema de saúde buscar 36 médicos que regressaram aos SNS”, explicou Pizarro.

Para o ministro, “não era possível imaginar que este concurso corresse melhor”.

Mas será que o concurso resolve todos os problemas, tais como ausência de médicos de família para quase dois milhões de portugueses e cada médico de família ter em média dois mil utentes?

De acordo com Pizarro, o concurso “não resolve todos os problemas”, mas o Governo está a atuar para os resolver.

“Estamos a formar mais médicos e estamos a criar condições para atrair mais médicos para o SNS”, expôs, sendo que a falta de incentivos, nomeadamente os salários e a inflexibilidade de horários não são apelativos para os médicos servirem no SNS.

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