A Ordem dos Médicos vai pedir a revogação imediata da orientação da Direção Geral da Saúde que vai permitir aos enfermeiros intervir em partos normais, de baixo risco.
O bastonário reafirma que a Ordem não teve conhecimento da versão final do documento. Carlos Cortes continua a afirmar que a Ordem dos Médicos não foi consultada sobre a versão final da nova orientação da DGS.
Este sábado em comunicado e depois de uma reunião de urgência o bastonário refere que a Direção Geral da Saúde nunca enviou o documento. Para a Ordem o não envio "configura um desrespeito institucional e revela uma atuação não cooperante numa matéria de grande relevância".
Esclarece que "os cinco representantes dos colégios de Anestesiologia, Pediatria e Ginecologia e Obstetrícia demitiram-se da Comissão de Acompanhamento porque durante o processo, apresentaram diversas propostas importantes (...) não tendo as suas opiniões técnicas sido atendidas no documento publicado".
Assim, a Ordem dos Médicos vai requerer a revogação imediata desta orientação da Direção Geral da Saúde.
Já a DGS garante que "todos os representantes e especialistas nomeados produziram e acompanharam o documento desde o início ao fim dos trabalhos" e que a orientação "só foi publicada depois de validada por todos os elementos".
A nova orientação passa a determinar o papel de cada profissional de saúde desde o internamento da grávida até ao nascimento do bebé. Prevê que os chamados partos normais de baixo risco sejam assegurados por enfermeiros especialistas.