O debate instrutório do processo BES/GES devia arrancar esta terça-feira, no tribunal de Monsanto, em Lisboa, mas o início foi adiado para 2, 3, 4 e 5 de maio.
Ao que a SIC apurou, o debate instrutório foi adiado porque as autoridades suíças não entregaram, a tempo, as cartas das notificações de três arguidos, enviadas pela justiça portuguesa.
O juiz deu um prazo para as defesas dos arguidos se pronunciarem sobre posição do Ministério Público relativa a nulidades que foram juntas apenas esta terça-feira ao processo.
O adiamento acontece um ano depois desde o início da fase de instrução e quase três anos após ser conhecida a acusação do Ministério Público.
Considerado um dos maiores processos da história da justiça portuguesa, este caso agrega no processo principal 242 inquéritos, que foram sendo apensados, e queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro.
Segundo o MP, cuja acusação contabilizou cerca de quatro mil páginas, a derrocada do Grupo Espírito Santo (GES), em 2014, terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.