Mesmo com o apelo da Polícia Nacional de Espanha, não foi possível encontrar nos últimos dois anos o terceiro suspeito, o homem descrito como cidadão português de 24 anos. Clóvis Abreu poderia estar prestes a ser julgado pela morte do agente da PSP Fábio Guerra, se tivesse sido detido depois de fugir de casa e ter alegadamente cruzado a fronteira depois das agressões.
As agressões ocorreram entre dois grupos a 19 de março de 2021 à porta da discoteca Mome, em Lisboa. A vítima e outros três agentes da PSP fora de serviço decidiram intervir, mas acabaram agredidos.
Fábio Guerra ainda foi transportado para o Hospital de São José, mas morreu aos 26 anos, devido a graves lesões cerebrais.
Fábio Guerra foi condecorado a título póstumo com a Medalha dos Serviços Distintos de Segurança Pública e à família foi atribuída uma indemnização de 176.250 euros.
Mas chegou agora a hora de julgar os responsáveis. O Ministério Público acusa dois ex-fuzileiros de um crime de homicídio qualificado e de quatro crimes de ofensas à integridade física. Os dois arguidos, ainda em prisão preventiva, vão ser julgados por um tribunal de júri. Composto por quatro jurados efetivos e quatro suplentes.
Por motivos de segurança, há testemunhas abrangidas pelo regime de proteção que vão depor em tribunal por videoconferência.