Duas pessoas morreram, esta terça-feira, num ataque à facada no Centro Ismaili de Lisboa, José Manuel Anes, criminalista, refere que este caso pode ter resultado de um “conflito pessoal”, mas acrescenta que, nesta altura, não se pode colocar de parte a possibilidade de ter sido um ataque radical anti-islâmico.
“Este caso, concretamente, pode ser um caso pontual. Pode haver também a hipótese de algum extremista anti-ilsâmico ter feito este ataque. Mas, volto a dizer, pode ser um conflito pessoal na própria comunidade ismaelita”.
O criminologista sublinha que a situação em Portugal “é relativamente calma” e que não existem grandes focos de radicalismo.
“A mesquita central de Lisboa não tem problemas nenhuns de radicalismo e está muito bem dirigida sob o ponto de vista religioso, quer sob o ponto de vista civil”, diz José Manuel Anes.
Reconhece que “tem havido alguns ataques contra mesquitas por parte de elementos extremistas de direita” e, por isso, é um “facto que tem de se considerar”.