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Passaram 30 anos do PER e a habitação continua em crise

Cavaco Silva foi o convidado de honra da conferência agendada pela Câmara de Lisboa. No discurso deixou várias críticas às medidas para a habitação anunciadas pelo atual Governo.

SIC Notícias

A Câmara de Lisboa assinalou, este sábado, os 30 anos do Programa Especial de Realojamento (PER), aprovado em 1993 pelo Governo de Cavaco Silva. Na conferência, o antigo Presidente da República foi o convidado de honra e deixou várias crítica às medidas para a habitação do atual Governo.

Cavaco Silva nem precisou de puxar muito pela memoria para recordar o programa que foi aprovado há 30 anos. O ex-Presidente da República aproveitou o discurso para destruir, ao detalhe, o programa de habitação apresentado por António Costa.

"A atual crise é o resultado do falhanço da política do Governo no domínio da habitação nos últimos sete anos, com custos sociais muito elevados para milhares de famílias", acusou, tendo na plateia, entre outros, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, e o líder do PSD, Luís Montenegro.

Mas as memórias de Cavaco Silva sobre o PER podem também não ser felizes. Isto porque, quando o futuro Presidente da Republica abandonou a liderança do Governo, nem uma única casa tinha sido construída ao abrigo do PER.

Em fevereiro de 1993, um mês antes da aprovação do PER, a “Presidência Aberta” de Mário Soares na área metropolitana de Lisboa – um acontecimento politico, que destapou ao pais as inúmeras bolsas de pobreza e miséria que rodeavam a capital – atuou como pressão para que Cavaco Silva aprovasse o programa.

Passados 30 anos do PER, a habitação continua a ser um tema político sensível e a crise afeta cada vez mais portugueses – principalmente nas grandes cidades.

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