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Ordem dos Médicos quer diminuir número de obstetras nas escalas, mas Sindicato critica

O Sindicato Independente dos Médicos teme que os novos critérios possam pôr em causa a segurança das mulheres que acorrem às urgências.

SIC Notícias

A Ordem dos Médicos quer diminuir o número de obstetras necessários para manter uma maternidade aberta. O Sindicato Independente dos Médicos diz estar contra e justifica que está em causa a segurança das grávidas.

A Maternidade de Portalegre faz uma média de 300 partos por ano, uma média de 25 bebés que nascem por mês, mas nas escalas tem diariamente dois obstetras a trabalhar 24 sobre 24 horas, mesmo que não façam nenhum parto por dia.

Estes critérios vão agora ser alterados, diminuindo o número de médicos que as escalas de urgência de obstetrícia e ginecologia devem ter em permanência.

De acordo com as regras, as maternidades com menos de 500 partos, que é o caso de Portalegre, Bragança ou Guarda mantém os dois médicos em permanência, mas apenas um tem de ser especialista. O outro pode ser substituído por um interno do 5.º ou 6.º ano, passam, no entanto a ser obrigados a terem em presença física, um cirurgião geral para ajudar na maternidade.

O Sindicato Independente dos Médicos critica a proposta da Ordem, pois teme que os novos critérios possam pôr em causa a segurança das mulheres que acorrem às urgências.

O número de médicos obstetras necessários nas escolas de urgência depende do tipo de hospital. Os que fazem entre 1.500 e 2.500 partos estão atualmente obrigados a ter quatro médicos, três especialistas e um em formação. A partir de agora poderão ter dois internos.

Os hospitais com mais de 2.500 nascimentos e que tenham apoio perinatal e atendimento diferenciado, como a Maternidade Alfredo da Costa, o São João ou o Santa Maria podem ter a urgência de funcionar com quatro médicos obstetras 24 sobre 24 horas.

Em contrapartida têm de ter consulta aberta sem marcação para casos clínicos que podem aparecer, mas não sejam situações de verdadeira urgência.

O novo regulamento de constituição das equipas médicas da urgência de obstetrícia está em consulta pública e deverá entrar em vigor no Verão.

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