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Manuel Pizarro garante que negociações com os médicos não foram interrompidas

Em declarações exclusivas à SIC, o ministro da Saúde garantiu que o Governo está “muito comprometido” no diálogo. Sobre as reivindicações dos enfermeiros, Pizarro admite que há “situações que têm de ser corrigidas”.

PAULO NOVAIS

SIC Notícias

Manuel Pizarro garante que as negociações com os médicos não foram interrompidas. Em declarações exclusivas à SIC, o ministro da Saúde afirma que o calendário prevê que as negociações só acabam em julho.

As declarações do ministro surgem depois da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) acusar o Governo de atrasar as conversações e de cancelar uma reunião. Pizarro diz que não já há nenhum problema com a FNAM.

“Isto está completamente ultrapassado”, garante o ministro, afirmando que o Governo está "muito comprometidos em relação aos dois sindicatos de médicos num processo de diálogo”.

Manuel Pizarro garante que as negociações “estão a decorrer normalmente, com um calendário que acaba em julho”.

Sobre as reivindicações dos enfermeiros, o ministro da Saúde lembra que, em novembro do ano passado, foi alcançado um acordo que já revê a situação de 17 mil profissionais. Manuel Pizarro diz que "há um grande acordo entre o Estado e os enfermeiros”, mas admite rever situações pontuais.

“É a primeira vez desde 2004 que há uma revisão da carreira dos enfermeiros. Mais de 17 mil enfermeiros já foram reposicionados e receberam retroativos a janeiro de 2022. Acho que esse é um grande esforço do Estado – cerca de 80 milhões de euros por ano – que os enfermeiros reconhecem”, afirma o ministro.

Manuel Pizarro admite haver “situações que têm de ser corrigidas”, afirmando que o Estado está “muito disponível” para rever essas situações. O ministro afirmou ainda que o “diálogo está a correr bastante bem”.

Pizarro garante que “não há nenhum problema ideológico” com as PPP

O ministro da Saúde diz que "não há nenhum problema ideológico" com as parcerias público privadas (PPP) nos hospitais públicos, nomeadamente em Loures e Vila Franca de Xira.

“Não há nenhum problema ideológico em relação à PPP. Em janeiro deste ano, continuou a sua operação, com um novo contrato, a PPP de Cascais. Que sentido faria que um Governo que tivesse um problema ideológico com as PPP promovesse uma PPP no hospital de Cascais e tivesse uma posição contrária em Loures ou Vila Franca de Xira”, disse o ministro.

Manuel Pizarro recusou divergências com o CEO do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que foi ao Parlamento criticar a forma como foi feita a transição da gestão privada dos hospitais para o público.

“Eu aceito que compreensivelmente os parceiros privados que operavam o hospital de Loures e o hospital de Braga e o hospital de Vila Franca de Xira não aceitaram continuar a operar esses hospitais enquanto durasse o concurso – pelo menos não aceitaram pelo mesmo preço. Evidentemente que sem concurso, não haveria Governo nenhum que pudesse aumentar o preço e portanto o Estado teve de tomar conta da operação desses hospitais”, explica.

Manuel Pizarro afirma ainda que as são decisões para esses hospitais têm de ser "tomadas semana a semana".

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