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EPAL garante que água da Valada do Ribatejo tem qualidade para consumo

Depois da reportagem da SIC sobre a presença de químicos eternos na Valada do Ribatejo, a EPAL garante que a água é boa para consumo e que todos os anos são feitas análises a mais de 25 mil amostras.

Tomás Duran

SIC Notícias

A SIC noticiou esta terça-feira a presença de químicos eternos na Valada do Ribatejo, com base num estudo da “Forever Polution Project”.

A 22 de fevereiro, o consórcio de jornalistas identificou mais de 17.000 locais em toda a Europa por estarem contaminados por químicos eternos. São substâncias tóxicas que, além de destruírem a fauna e a flora, podem provocar doenças como o cancro.

Nove pontos de contaminação em Portugal

Em Portugal foram identificados nove pontos de contaminação. O ponto de poluição mais grave fica em Muge, a poucos quilómetros da Valada do Ribatejo.

Nesta freguesia os banhos estão interditos e a pesca é cada vez menor devido aos níveis de poluição do rio Tejo. No entanto, é também nesta zona que se encontra um dos pontos de captação de água da Empresa Pública das Águas Livres, que abastece parte da região de Lisboa.

A EPAL garante que a água tem qualidade para consumo, tendo em conta a análise de mais de 25.000 amostras por ano que são feitas, de acordo com a diretiva da União Europeia, como explica à SIC Marcos Sá, diretor de comunicação da EPAL.


A Associação Zero pede a intervenção das autoridades para monitorizar a situação.


De acordo com a diretiva do Parlamento Europeu de 2020, referente à qualidade da água destinada ao consumo humano, é obrigatória a monitorização de 20 tipos de químicos eternos entre os mais de quatro mil existentes. A Associação Zero considera que, tratando-se de substâncias tão perigosas, é urgente que se evite que entrem no ambiente.

Os ambientalistas defendem que atualmente o controlo não é suficiente, como disse à SIC Susana Fonseca da Associação Zero.

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