Já há interessados para comprar o antigo edifício da Escola Superior de Dança, mas só na quinta-feira termina o prazo da entrega de propostas. É o primeiro passo para a venda do edifício no Bairro Alto, centro de Lisboa.
O imóvel está vazio desde 2018, altura em que os protestos dos professores e alunos tornaram públicas as más condições da instituição. Ratos e baratas, cortinas em vez de portas, testos a desmoronar obrigaram a passar as aulas, provisoriamente, para o campus do Instituto Superior de Engenharia. Nas antigas instalações, nunca chegaram a ser feitas obras.
O Politécnico de Lisboa quer vender ao melhor preço o edifício que integram parcialmente o Palácio de Pombal. O valor mínimo são 10 milhões de euros mas o imóvel pode até arrecadar mais do que isso. Afinal, apesar do estado de degradação, trata-se de um edifício que está localizado numa das zonas mais caras de Lisboa.
Contactados pela SIC, nem o Ministério do Ensino Superior nem o da Habitação esclareceram por que motivo não aproveitam este edifício do Estado, por exemplo, para arrendamento acessível. A venda acontece numa altura em que o Governo está a promover medidas de apoio à habitação, entre elas, a colocação de casas devolutas no mercado de arrendamento.
O Instituto Politécnico de Lisboa explica que vai vender o imóvel porque precisa desse dinheiro para a construção das novas instalações da Escola Superior de Dança no Campus de Benfica.