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Partidos questionam legalidade e envolvimento do Governo no bónus destinado à CEO da TAP

O contrato assinado entre a companhia aérea e Christine Ourmières-Widener indica que o valor do prémio poderá chegar aos três milhões de euros.

SIC Notícias

O bónus milionário que está destinado à CEO da TAP pode, afinal, nunca vir a ser pago. Isto porque, segundo o Jornal Económico, o prémio nunca foi aprovado em assembleia-geral da TAP e a sua aprovação estava na cláusula assinada entre a TAP e Christine Ourmières-Widener. Nas reações políticas, a oposição questiona a legalidade deste bónus que pode chegar aos três milhões de euros. Os partidos querem saber se o Governo e, em particular, o ministro das Finanças sabiam desta decisão.

O PSD fala em "trapalhadas e mentiras". Paulo Rios Oliveira sublinha que "cada caso em si mesmo é um caso, tudo junto é uma trapalhada sem fim".

O Chega questiona a legalidade e questiona quem deu autorização para um "bónus desta dimensão". Aponta o dedo ao Ministério das Finanças quando André Ventura diz que "podemos começar a perceber que as finanças estão tão envolvidas neste processo como as infraestruturas".

Mariana Mortágua, do BE, entende que "se há prémios que são ilegais e incompreensíveis então a tutela, o Governo, que é acionista da TAP, deverá ter uma ação e impedir que este prémios sejam pagos".

A Iniciativa Liberal (IL) reforça a importância da comissão de inquérito para responder às questões pendentes neste âmbito.

O PCP segue a ideia de que se o Governo decidiu defender a TAP então deveria ser "bem gerida", a favor do interesse nacional, não penalizando os trabalhadores.

Já Inês Sousa Real, do PAN, questiona “se todos estes casos não tivessem vindo a público, saberíamos ou não de vícios legais?”.

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