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Quatro milhões para receber o Papa? “É mais do que um altar. Nunca se fez nada igual”, afirma Carlos Moedas

Carlos Moedas justifica o investimento avultado no altar para as Jornadas Mundiais da Juventude, depois do Presidente Marcelo ter pedido explicações à organização sobre o valor.

SIC Notícias

Carlos Moedas justificou esta terça-feira o elevado custo do altar para receber o Papa Francisco nas Jornadas Mundiais da Juventude, afirmando que se trata de uma infraestrutura inédita, como uma espécie de “edifício”.

O presidente da Câmara de Lisboa adiantou ainda que o objetivo é que esta estrutura seja utilizada no futuro para outros eventos e, à SIC, revelou que os preços iniciais rondavam os 18 milhões de euros, tendo a Câmara conseguido reduzir o valor três vezes após consulta de sete empresas.

Este “altar” para o Papa vai custar à autarquia 4,2 milhões de euros. A empresa municipal da Câmara de Lisboa que está a requalificar o Parque Tejo adjudicou o altar-palco à construtora Mota-Engil. A construtora tem agora cerca de cinco meses para executar o projeto.

“Queremos que essa infraestrutura fique para o futuro. Sabia que ia ser muito caro, um grande investimento para a cidade, mas não podemos, como cidade e como país, não acolher o Papa”, disse Moedas

Entretanto, Marcelo Rebelo de Sousa, que tinha pedido explicações à organização sobre o custo do “altar”, diz que as explicações de Carlos Moedas justificam o investimento de 4,2 milhões de euros.

Após ter falado com Carlos Moedas, o chefe de Estado referiu que "Lisboa tenciona (...) utilizar a estrutura para outras ideias que podem ser mais interessantes".

"(...) Como, por exemplo, um polo de lazer verde, mas outro tipo de estrutura mais estável para outro tipo de eventos. Isso explica não apenas a feição ou o objetivo imediato, mas o duradouro investimento que ali é feito", acrescentou.

Na passada quinta-feira, a Câmara Municipal de Lisboa aprovou a contratação de um empréstimo de médio e longo prazo, até ao montante de 15,3 milhões de euros, para financiar investimentos no âmbito das Jornadas Mundiais da Juventude.

A JMJ é o maior encontro de jovens católicos de todo o mundo com o Papa, que acontece a cada dois ou três anos, entre julho e agosto. Lisboa foi a cidade escolhida em 2019 para acolher o encontro de 2022, que transitou para 2023 devido à pandemia de covid-19.

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