A SIC sabe que a investigação da PJ em Espinho - a Operação Vórtex - está centrada em Joaquim Pinto Moreira, um dos vice-presidentes da bancada parlamentar do PSD. O deputado só não foi detido por gozar de imunidade parlamentar.
Joaquim Pinto Moreira foi presidente da Câmara de Espinho entre 2009 e 2021. Três mandatos que ficam agora envoltos em polémica devido à Operação Vórtex, a investigação sobre alegados crimes de natureza económico-financeira.
Em causa estão vários licenciamentos de habitações e hotéis, no valor de dezenas de milhões de euros, numa investigação que começou em 2018 e que está centrada em Joaquim Pinto Moreira, atual Presidente da Comissão Eventual para a Revisão Constitucional e um dos vice-presidentes do Grupo Parlamentar do PSD.
Imunidade parlamentar vai ser levantada
O deputado não foi detido por gozar de imunidade parlamentar. Imunidade essa que deverá ser levantada nos próximos dias, para que Joaquim Pinto Moreira seja constituído arguido e presente a primeiro interrogatório judicial.
As explicações de Joaquim Pinto Moreira
Em comunicado, o deputado do PSD nega ser o centro da investigação e acusa a atual autarquia de Espinho de querer desviar as atenções de forma irresponsável e inapropriada. Confirma ainda as buscas domiciliárias e a apreensão de um computador e telefone.
Esta será a quarta vez que o deputado vê a imunidade ser levantada, depois de em julho, setembro e dezembro ter ido responder como testemunha em três processos diferentes.
Amigo de Luís Montenegro, Joaquim Pinto Moreira é um dos “montenegristas” do PSD. E ambos estiveram envolvidos numa polémica, quando foi noticiado que o escritório de advogados de Luís Montenegro beneficiou de 400 mil euros em contratos com Câmaras lideradas pelo PSD. Seis desses contratos foram assinados com a Câmara de Espinho, quando Joaquim Pinto Moreira liderava a autarquia.