A Iniciativa Liberal vai a eleições e Rui Rocha encabeça a lista de continuidade. Garante que está preparado “para todos os cenários em qualquer momento” e sublinha que é preciso “combater o PS e a ideias socialistas”. Mesmo internamente, o candidato à liderança da IL defende que há coisas para melhorar.
“Considero que sou o candidato que neste momento tem as melhores condições para combater o PS e as ideais socialistas, que têm conduzido Portugal à estagnação, a uma situação em que se esgotou o modelo politico, social e económico”, afirma em entrevista à SIC Notícias.
Rui Rocha sublinha que o “Governo de António Costa está completamente esgotado”, e que em vez de um Executivo “temos um conjunto de pessoas que está a fazer pela vida”. “A luta interna no PS está-se a sobrepor completamente à governação”, afirma.
Sobre a moção de censura que o partido entrego no Parlamento, e que será votada esta quinta-feira, Rui Rocha critica a posição anunciada pelo PSD e garante que a “IL está preparada para liderar a oposição”.
“O PSD diz querer ser oposição, mas depois não toma posição. Sistematicamente abstém-se. Se o PSD não quer ser oposição, a IL está preparada para liderar a oposição. A IL não atira a toalha ao chão, está ao lado dos portugueses e de Portugal”, afirma.
O candidato deixa ainda uma pergunta “diretamente” a Luís Montenegro, líder do PSD: “O que é que é preciso acontecer mais no país e na governação para considerar que o tempo de António Costa chegou ao fim?”
Quando questionado sobre um possível entendimento com o Chega, Rui Rocha traçou uma linha vermelha. “Não há nenhuma ponte, nenhum ponto de contacto da IL com o Chega.”
“A posição da IL tem sido clara e a minha também: o Chega não é um parceiro da IL. Não há qualquer possibilidade de entendimento com o Chega. Por dois motivos fundamentais: por um lado porque nós acreditamos na liberdade e dignidade do individuo, por outro porque o Chega tem propostas que são cada vez mais estadistas”, garante.
Uma “história de sucesso” para continuar
Para determinar o futuro da IL, Rui Rocha recorre ao passado. “A IL tem tido uma história de sucesso”, afirma, antecipando também um “crescimento muito forte da IL nos próximos anos”. Considera que o partido tem ideias fortes e que a equipa que o segue apresenta ideias claras.
“A IL vai seguramente crescer. Nós queremos ter representação nos parlamentos onde ainda não temos representação – estou a falar da Madeira, que é o próximo ato eleitoral – e no Parlamento Europeu. Queremos reforçar a nossa presença no Parlamento Regional dos Açores”, avança Rui Rocha.
Quando questionado ser pretende mudar a liderança do grupo parlamentar da Assembleia da República, o candidato reforça a confiança em Rodrigo Saraiva, sublinhando que “é uma pessoa enormemente comprometida com o projeto liberal” e tem “feito um excelente desempenho”. Além disso, sublinha que a decisão de manter o líder parlamentar será tomada pelos deputados.
Para cumprir os objetivos de crescimento a que se propõe, Rui Rocha irá promover as bandeiras do partido – redução de impostos, desburocratização, liberdade de escolha na saúde e na educação – e acrescentar dois novos temas, com o objetivo de resolver “problemas concretos dos portugueses”: habitação e transportes.
Rui Rocha reconhece que “há transformações internas que é preciso fazer” e, por isso, compromete-se a realizar reuniões periódicas com os núcleos do partido, entre outras medidas.