País

Unidade de Cuidados Intensivos de Viseu custou 3 M€ mas não tem médicos suficientes

Serviço está a funcionar apenas a um terço da capacidade.

SIC Notícias

Frederico Pinto

Frederico Correia

Por falta de médicos, o Hospital de Viseu não consegue usar em pleno a nova unidade de cuidados intensivos. Custou três milhões de euros mas está a receber apenas um terço dos doentes.

O centro hospitalar de Viseu era das unidades do país com maior défice de camas de cuidados intensivos. Chegou a ter 300 internados com problemas respiratórios e dezenas em cuidados intensivos improvisados.

Neste momento as 12 novas camas já estão operacionais, juntamente com todos os aparelhos necessários para receber os doentes respiratórios. Contudo, apenas quatro destas camas foram utilizadas, ou seja, um terço.

O Centro Hospitalar Tondela-Viseu admite que a falta de recursos médicos, nomeadamente intensivistas, tem impedido a utilização da nova unidade em pleno. No entanto, segundo o hospital nenhum doente foi até agora transferido para outra unidade hospitalar por falta de cama.

Outras oito camas, que já tinham sido adaptadas a cuidados intensivos, continuam a servir outros serviços.

Os problemas na urgência geral e pediátrica

Na urgência pediátrica a gestão de recursos humanos representa outro problema, uma vez que nos últimos meses a afluência aumentou cerca de 50% face a 2019.

Só em dezembro já foram atendidos mais de três mil utentes, uma média de um atendimento a cada 10 minutos.

Já na urgência geral há picos de afluência que aumentam os tempos de espera, nomeadamente de ambulâncias que são obrigadas a reter os doentes por falta de resposta no atendimento.

Casos pontuais justificados, segundo o hospital, com a subida do número de atendimentos face a 2019. Desde o início do presente mês já recorreram à urgência geral mais de cinco mil utentes, muitos transferidos do distrito da Guarda.

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