As infeções respiratórias têm levado à sobrelotação das urgências de vários hospitais do país. Mas, em reação a este problema, o ministro Manuel Pizarro desvaloriza a situação e nega um cenário de “caos”.
O Hospital de S. João, no Porto, e o Santa Maria, em Lisboa, estão próximos de atingir níveis recorde de afluência às urgências. No centro hospitalar da capital estão a ser atendidas, em média, quase 700 pessoas por dia.
Há duas semanas eram atendidas menos 100 pessoas do que as que são atualmente, o que fez com que muitos utentes esperassem mais de 24 horas para serem atendidas, mesmo com pulseira amarela.
Já ao S. João, têm chegado em média 800 pessoas todos os dias, sendo que 40% dos casos são considerados graves. A situação parece ter acalmado ligeiramente esta quarta-feira, mas na segunda mais de mil pessoas deram entrada na instituição.
O que diz o ministro da Saúde?
Tendo em conta o panorama atual dos serviços de saúde, o ministro da Saúde foi questionado acerca de como encara esta situação. Manuel Pizarro não atribuiu muita relevância ao tema e deixou claro que não há “nenhum caos”.
“Não acho que haja nenhum caos, acho que há uma afluência aumentada à urgência. A informação que eu tenho é que todos os doentes foram adequadamente tratados, devidamente encaminhados. Isso não é bem a descrição de um caos é uma situação de pressão e de maior dificuldade e está longe de ser um caos”.
Reitera que os serviços não têm funcionado de forma anómala e que, até ao momento, “têm tido capacidade de resposta apesar do aumento de pressão”.
Explica que a sobrelotação das urgências nesta altura do ano é algo anormal que pode ser explicada pela “antecipação das infeções respiratórias”.