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Profissionais do Hospital Beatriz Ângelo em greve exigem 35 horas de trabalho semanais

Paralisação termina às 23:00 desta terça-feira.

SIC Notícias

Lusa

Os profissonais de saúde do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, estão em greve desde as 23:00 de segunda-feira e durante 24 horas.

O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais e o Sindicato dos Enfermeiros consideram fundamental criar condições de trabalho para atrair e fixar profissionais.

Uma delas é a contabilização de todos os anos de serviço para efeitos de progressão na carreira. Exigem também a contratação urgente de profissionais e o limite das 35 horas de horário semanal previsto na lei.

Algumas consultas no Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, foram esta terça-feira adiadas e, para já, ainda não têm data para o reagendamento.

Muitos utentes deslocaram-se ao hospital para as consultas sem terem qualquer conhecimento de que havia greve. Descrevem que dentro do hospital está um "caos".

O Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, no distrito de Lisboa, funcionou até 19 de janeiro deste ano no regime de PPP, sendo gerida, até então, pelo grupo privado Luz Saúde.

Atualmente a unidade hospitalar tem gestão pública, assente no modelo de entidade pública empresarial (E.P.E)

Apesar de ter mudado de gestão privada para pública, Isabel Barbosa refere que os trabalhadores do HBA continuam a trabalhar 40 horas semanais, ao invés das 35 que se verifica no SNS, uma situação que, segundo a sindicalista, dificulta a contratação de novos profissionais.

Segundo dados avançados pelos sindicatos, trabalham atualmente no HBA cerca de 500 enfermeiros, 400 auxiliares e 200 administrativos.

Contactada pela Lusa, fonte da administração disse que estão a ser ultimadas a regulamentação dos horários de trabalho e a "harmonização de direitos", para serem enviadas para aprovação dos ministérios da Saúde e das Finanças.

Relativamente à contratação de mais profissionais, a administração do HBA ressalvou que têm sido contratados trabalhadores, para colmatar as saídas, "de acordo com a disponibilidade no mercado".

A mesma fonte assegurou ainda que estão a ser pagas as horas e os turnos extraordinários.

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