Foi negado a Manuel Pinho o alargamento do raio de cobertura da pulseira eletrónica a que está sujeito no processo EDP. Os serviços prisionais dizem que só o podem controlar dentro de casa. O ex-ministro da Economia pedia a expansão da área para poder tratar de uma horta.
Para lá dos portões da Quinta do Assento, começa uma área de quase 1 hectar e meio. É lá que fica a propriedade de Manuel Pinho em Gondizalves, Braga, onde o ex-ministro da Economia está em prisão domiciliária há 10 meses.
Obrigado a circular apenas no perímetro habitacional, está impedido de se aproximar desta área mais afastada.
Para poder tratar da área de cultivo e por motivos de segurança, como um possível incêndio no exterior, Manuel Pinho pediu, em julho, o alargamento do raio de ação da vigilância.
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Agora, depois da insistência do Ministério Público e do juiz, os serviços prisionais negam o pedido.
A justificação dada no processo EDP chegou há duas semanas. A defesa conforma-se, mas regista a falta de uma solução.
Suspeito de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais, o ex-ministro da Economia é arguido desde 2017.
Foi detido em dezembro do ano passado e ficou em prisão domiciliária por não ter pago uma caução de 6 milhões.
O processo que envolve Ricardo Salgado e os antigos administradores da EDP, António Mexia e João Manso Neto, está a ser investigado há uma década.
Ao que a SIC apurou, ainda este mês, o Ministério Público pediu a uma série de bancos os movimentos financeiros dos principais arguidos.