O presidente regional do sul da Ordem dos Médicos diz que a nova direção executiva do Serviço Nacional de Saúde deve definir como prioridade a reorganização das urgências. Dá como exemplo o Hospital de Santa Maria onde estão a ser desviados médicos de outras especialidades para o serviço.
Os serviços de urgência de norte a sul do país têm sido um assunto recorrente ao longo dos últimos meses. São constantes os encerramentos destes serviços, devido à falta de médicos e de outros recursos.
As queixas dos utentes são frequentes, assim como as dos profissionais de saúde, que reclamam por melhor condições de trabalho.
Alexandre Valentim Lourenço, presidente regional do sul da Ordem dos Médicos, pretende que haja uma reorganização dos variados serviços, de modo a colmatar as falhas que se a que se tem assistido. A título de exemplo, enuncia o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde o presidente garante que não existem faltas de médicos, mas sim “falta de organização” por parte do centro hospitalar.
Revela ainda que a mesma instituição tem doentes em excesso face à dimensão do hospital. Para Alexandre Lourenço, estes aspetos contribuem de forma negativa para a qualidade dos serviços prestados pela unidade de saúde da capital.
Alexandre Valentim Lourenço afirma ainda que o Hospital Santa Maria tem um papel acrescido no Serviço Nacional de Saúde. O centro hospital funciona como instituição formadora de novos médicos e realiza também trabalhos de investigação. Reitera que se o Santa Maria ficar sobrecarregado com doentes provenientes dos serviços de urgência, os papéis de formação e investigação poderão ser comprometidos.