Os pilotos da TAP reuniram-se esta terça-feira para uma manifestação contra os "atropelos e injustiças" da administração e da tutela. O presidente do Sindicato de Pilotos de Aviação Civil teme que a "má gestão" esteja a levar a empresa para o mesmo destino que a Flybe, que abriu falência em 2020.
"Não queremos fechar a TAP", sublinha Tiago Faria Lopes, acrescentando que "se depender de nós, o futuro seria brilhante, mas temos de pedir ao ministro das Infraestruturas que assuma o erro".
O plano de reestruturação da TAP foi um dos temas que motivou esta manifestação em Lisboa, que contou com 500 pilotos.
"Não conhecemos o plano de reestruturação da TAP", o Sindicato acusa a companhia de "má gestão".
Os salários dos pilotos da TAP sofreram um corte de mais de 20% e denunciam a companhia por negar aos trabalhadores a realização de plenários.
O presidente do Sindicato reforça que o salário que estão a receber é "surreal", mas "serviu para poupar muito dinheiro à companhia".
O protesto foi convocado pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC, junto ao Terminal de Tripulações do Areeiro (TTA), terminou no Campus da TAP. A manifestação não afetou qualquer voo da TAP.
A TAP disse esta terça-feira lamentar não ter chegado a um acordo com os seus pilotos, afirmando que se mantém “empenhada em encontrar soluções que permitam garantir a sustentabilidade da empresa e de todos os seus trabalhadores”.