A CP - Comboios de Portugal alertou esta segunda-feira para "fortes perturbações na circulação de comboios em todos os serviços" e em todo o país na terça e na quinta-feira devido à greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP).
Em comunicado, a operadora referiu que "por motivo de greve convocada por uma organização sindical da IP-Infraestruturas de Portugal, preveem-se fortes perturbações na circulação de comboios em todos os serviços, a nível nacional, nos dias 12 e 14 de julho de 2022".
De acordo com a CP, "para ambos os dias, está prevista a realização de serviços mínimos, cuja lista se encontra disponível em cp.pt, podendo ser realizados comboios adicionais".
Assim, "aos clientes que já tenham adquirido bilhete para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Interregional e Regional, será permitido o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação gratuita, para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe", indicou.
A IP já tinha hoje alertado para os efeitos da paralisação.
"No seguimento do aviso prévio de greve apresentado pela Aprofer - Associação Sindical dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário, para o período compreendido entre as 00:00 e as 24:00 do dia 12 de julho [terça-feira] e o período compreendido entre as 00:00 e as 24:00 do dia 14 de julho [quinta-feira] , informamos que poderão verificar-se perturbações na circulação ferroviária", lê-se num aviso disponibilizado hoje ao final da manhã no 'site' da empresa.
Segundo acrescenta, "neste período, a Infraestruturas de Portugal garantirá a abertura de 30% do seu canal ferroviário para o serviço Urbanos - Lisboa e Porto e 25% para as restantes circulações, nos termos dos serviços mínimos acordados com a referida associação sindical".
Previstas perturbações nos comboios da Fertagus
Por sua vez, a Fertagus alertou também na sua página eletrónica que, "face à greve anunciada na IP - Infraestruturas de Portugal entre as 00:00 e as 24:00, nos dias 12 e 14 de julho de 2022, encontram-se previstas fortes perturbações na circulação de comboios da Fertagus".
À Lusa, o presidente da Aprofer, Adriano Filipe, explicou que na base da greve está a reivindicação de um sistema de formação profissional próprio para os centros de comando operacionais, de um sistema de avaliação e desempenho específico para estas funções e de uma atualização nas remunerações.
"E, se as coisas não se resolverem, vamos continuar com greves até que se resolvam", avisou o presidente da Aprofer.