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“Chega vocifera muito, mas nada resolve”: diz Costa sobre moção de censura

Primeiro-ministro considera que a moção de censura do Chega ao Governo representa um exercício de oportunidade na competição da oposição.

Horacio Villalobos / Getty Images

Lusa

O primeiro-ministro considerou esta quarta-feira que a moção de censura do Chega ao Governo representa um exercício de oportunidade na competição da oposição e acusou este partido de "vociferar muito" e nada propor para o país.

Esta posição foi transmitida por António Costa na abertura do debate da moção de censura do Chega ao Governo, na Assembleia da República.

O primeiro-ministro começou por observar que, em política, "nada é por acaso" e apontou que a moção de censura do Chega foi apresentada "no dia em que se iniciava o Congresso do PPD/PSD e marcada para o dia em que estava prevista uma interpelação do PCP".

"Ou seja, esta moção de censura mais do que dirigida ao Governo é um exercício de oportunidade na competição com os outros partidos da oposição", defendeu.

Para António Costa, a moção de censura é sobretudo dirigida a uma parte da oposição", numa alusão indireta à nova liderança do PSD.

"Como é próprio dos populistas, o Chega vocifera muito, mas nada propõe e nada resolve. Esta é uma distinção essencial entre nós. Os populistas alimentam-se dos problemas. Um Governo responsável, reconhece os problemas e age para os resolver", declarou o líder do executivo.

Na parte final do seu discurso, que teve a duração de 13 minutos, o primeiro-ministro voltou a visar o Chega.

"Esta moção de censura confirma o que todos já sabíamos: O Chega está na vida política para fazer barulho, ter palco e espaço mediático, e não para resolver problemas das pessoas e do país", insistiu.

Na perspetiva do primeiro-ministro, o Chega "pode até conseguir ganhar a corrida de oportunidade com algum partido da oposição". "O que não consegue é atingir um Governo responsável, focado na sua missão. Nós estamos aqui para resolver problemas, para criar soluções e para construirmos um país melhor com mais crescimento, mais justo e melhores condições de vida para os portugueses", acrescentou.

VEJA AQUI O DEBATE DA MOÇÃO DE CENSURA

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