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“Queremos uma negociação das condições base”: sindicatos dos médicos rejeitam proposta do Governo

Sindicatos dos Médicos voltam a reunir esta quarta-feira ao final da tarde com o Ministério da Saúde.

Os sindicatos dos médicos, que voltam a reunir esta quarta-feira ao final da tarde com o Ministério da Saúde, rejeitaram a proposta feita pelo Governo.

O Governo propôs que os médicos recebessem 50 euros à hora nas urgências durante os meses de verão, mas apenas a partir das 150 horas extraordinárias. Os Sindicatos rejeitaram esta proposta, já que não chega para resolver os problemas estruturais.

A crise nas urgências de obstetrícia tem dominado o panorama mediático, mas os profissionais de saúde continuam a dizer que o problema é bem maior.

O problema não é nem só em relação ao serviço de obstetícia nem só em relação ao serviço de urgência; é no Serviço Nacional de Saúde como um todo, que sofre de défices enormes”, disse Noel Carrilho, da Federação Nacional dos Médicos.

“É verdade que estamos aqui numa situação de emergência, mas as medidas têm de ser estruturais e de médio prazo”, defendeu Jorge Roque da Cunha, do Sindicato Independente dos Médicos.

Por este motivo, os sindicatos não concordaram com a proposta do Executivo.

“A nossa política, desde logo, teve a ver com essa história de ser só para três meses, de se prever só o pagamento a partir da 151ª hora extraordinária e de os valores não poderem ultrapassar aquilo que ocorreu em 2019″, explicou Jorge Roque da Cunha.

“É tudo aquilo que nós não desejamos como solução para este problema e, portanto, não aceitamos, independentemente daquilo que venha a ser o valor proposto. Queremos, sim, uma negociação das condições base”, disse Noel Carrilho.

Negociação essa que, no entender do Governo, está na altura certa para se iniciar.

Nesta quarta-feira à tarde haverá uma reunião que junta Ministério da Saúde e Sindicatos dos Médicos. Em cima da mesa estão negociações para resolver os problemas do Serviço Nacional da Saúde, nomeadamente a ausência de respostas em vários serviços e a falta de motivação dos médicos, que acabam por sair para o setor privado.

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