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Sala de partos do Hospital de Santa Maria esteve “cheia” mas situação já está normalizada

Apesar deste constrangimento, durante a madrugada desta terça-feira, a urgência de obstetrícia esteve sempre a funcionar.

Depois de ter estado nos últimos dias a garantir o cuidado a mulheres grávidas reencaminhadas de vários hospitais da região de Lisboa, o Hospital de Santa Maria registou durante a madrugada desta terça-feira dificuldades na capacidade da Sala de Partos. Um situação que foi normalizada durante a manhã, apesar de aos meios de comunicação ter sido partilhada informação de que o CODU ainda estava a desviar utentes.

O fecho das urgências de obstetrícia e ginecologia em Almada, Barreiro-Montijo, São Francisco Xavier, entre outros hospitais da região de Lisboa, levou a que utentes fossem encaminhadas para outras unidades hospitalares – tais como o Hospital de Santa Maria, o Hospital de São José, a maternidade Alfredo da Costa ou o Hospital Amadora-Sintra.

Após vários dias de constrangimentos, na madrugada desta terça-feira, o principal hospital do país também chegou a um limite: as “sete camas” de puérperas ficaram totalmente ocupadas com grávidas de blocos de parto que fecharam.

Nestas situações, esclareceu fonte hospitalar, os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) são informados da situação para que grávidas em trabalho de parto sejam encaminhadas para outro hospital com vagas.

E foi precisamente isso que aconteceu durante a madrugada, esclareceu fonte hospitalar à SIC Notícias depois de outra fonte ter assegurado, a meio da tarde desta terça-feira, que a situação ainda não estava normalizada e que a Sala de Partos estava “cheia”.

Saliente-se, porém, que a Urgência de Obstetrícia do Santa Maria esteve sempre a funcionar para outras situações.

“Isto acontece durante todo o ano”

Em declarações à SIC, o presidente do Conselho Regional Sul da Ordem dos Médicos, Alexandre Valentim Lourenço, garantiu que o Hospital de Santa Maria consegue ter as equipas completas sem tarefeiros e explicou o procedimento que é adotado quando uma unidade hospitalar deixa de ter capacidade para receber mais utentes.

“Se as camas estão todas ocupadas por grávidas em trabalho de parto, temos que esperar que esses partos terminem, para que se possa transferir essas puérperas para camas de outro tipo. E havendo maternidades a enviar para o CODU esta informação, temos que informar o CODU que não podemos receber [mais grávidas] enquanto esses partos não tiverem o seu desfecho. (…) Isso acontece durante todo o ano e, nesta altura, com tantas maternidades a reenviar grávidas para outras [unidades] que têm capacidade, vai acontecer mais vezes”, explicou.

[Notícia atualizada às 21:18 com informação de que a situação na Sala de Partos do Santa Maria está normalizada]

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