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25 de Abril: Sessão solene e desfile sem máscaras, “já tínhamos saudades de podermos estar juntos para festejar”

As Forças Armadas estiveram no centro do discurso do Presidente da República na sessão solene do 25 de Abril, uma cerimónia sem limitações e sem máscaras. “Já tínhamos saudades de podermos estar juntos a festejar o 25 de Abril”, reconheceu Costa.

Pela primeira vez desde o início da pandemia, a sessão solene comemorativa do 25 de Abril decorreu sem restrições quer quanto ao número de presentes, quer sobre o uso de máscara no Parlamento. A cerimónia comemorativa desta manhã contou com as intervenções dos oito partidos com assento parlamentar, do Presidente da Assembleia da República e do Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa deixou um firme elogio às Forças Armadas, num discurso que começou com uma referência e homenagem ao antigo Presidente da República, Jorge Sampaio. O chefe de Estado pediu mais meios para a Defesa e um consenso nacional em torno desse reforço. 

“Se não quisermos criar essas condições, não nos poderemos queixar de um dia descubramos que estamos a exigir missões difíceis de cumprir por falta de recursos, porque, se o não fizermos a tempo, outros o exigirão por nós, e depois não nos queixemos de frustrações, desilusões, contestações ou afastamentos”, declarou.

No final da sessão, nos Passos Perdidos, quase todos os partidos realçaram a escolha do tema por parte do Presidente da República e concordaram com o reforço dos meios para a Defesa dado o contexto atual.

A cerimónia ficou também marcada por uma interrupção de alguns minutos, na sequência de um desmaio de um funcionário da Assembleia da República. No final da sessão solene, foi cantada a “Grândola, Vila Morena”, de Zeca Afonso, momento no qual toda a bancada do Chega abandonou o hemiciclo.

No exterior da Assembleia da República, cerca de 60 manifestantes apuparam o Presidente da República, o presidente da Assembleia da República e o primeiro-ministro no momento em que estes deixavam o edifício depois da cerimónia.

Já durante a tarde, o desfile saiu à rua na Avenida da Liberdade e as portas do Parlamento e de São Bento abriram-se para receber visitantes. Num breve discurso, António Costa reconhecer que “já tínhamos saudades de podermos estar juntos a festejar o 25 de Abril. Nos últimos dois anos não foi possível”.

Recorde abaixo os momentos que marcaram as comemorações do 48.º aniversário da Revolução dos Cravos.


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